Em entrevista, o ginasta revelou que, por aparecer em foto ao lado do presidente, sofreu ameaças de morte, entrou em depressão e desenvolveu síndrome do pânico.
Em entrevista a Veja, Diego Hypólito revelou toda a pressão que sofreu por ter tirado uma foto ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
O ginasta disse que chegou até a receber ameaças de morte.
O trauma foi tão forte que Diego está com depressão e desenvolveu até síndrome do pânico:
“Passei alguns dias com medo de sair de casa. Estou muito deprimido e desenvolvi síndrome do pânico. Fui ameaçado de morte, maltratado e xingado de tudo nas redes sociais. Nunca vivi nada igual, sinceramente”.
Diego deu detalhes de com como foram feitas as ameaças:
“Depois do encontro em Brasília, estava em uma boate e precisei sair escoltado por seguranças. Um grupo de gays que estava lá começou a me vaiar, me perseguir. Alguns até tentaram me bater. Estou sentindo tanto pavor que resolvi contratar um segurança particular”.
Diego explicou, na entrevista, o motivo do encontro com Bolsonaro e a primeira-dama:
“A primeira-dama me mandou uma mensagem em que dizia que queria tomar um café comigo. Aproveitei que já ia a Brasília encontrar a família do meu namorado e topei. Meu objetivo era falar de esporte. No Palácio da Alvorada, ao lado de Michelle, soube que Bolsonaro gostaria de me conhecer. E foi”.
O ginasta também se manifestou preocupado com o nível de ódio presente na sociedade:
“Se o presidente da República pede para tirar uma foto, você diz o quê? Não? Sou apartidário e anulei meu voto. Honestamente, não imaginava essa onda de ódio”.
O medalhista olímpico elogiou a postura da primeira-dama:
“Depois de tanto ataque, disse a ela que não sabia o que fazer, e Michelle me chamou para jantar. Vem sendo muito gentil e respeitosa”.