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Revolta na Índia após adolescente ser brutalmente assassinada em Deli

Foto: Reprodução/Câmera de segurança

Crime ocorreu em público e foi capturado por câmera de segurança, levando a discussões sobre a violência de gênero no país.

Em um beco movimentado na capital indiana, Delhi, uma adolescente de 16 anos foi selvagemente esfaqueada e espancada até a morte no domingo (28), provocando indignação e questionamentos acerca da segurança das mulheres no país e da violência perpetrada por homens.

A brutalidade do crime, que durou mais de um minuto e foi gravada por uma câmera de segurança, chocou a sociedade. O vídeo mostra várias pessoas passando por perto enquanto o agressor ataca repetidamente a vítima, com apenas um homem tentando intervir brevemente.

O corpo da adolescente, ainda não identificada, foi encontrado na noite de domingo na área de Shahbad Dairy, no bairro de Rohini, norte de Delhi, onde o crime ocorreu.

A polícia indiana anunciou na segunda-feira (29) que deteve um suspeito chamado Sahil, que é mecânico e foi preso em Bulandshahr, estado vizinho de Uttar Pradesh, de acordo com Ravi Kumar Singh, vice-comissário de polícia para Outer Delhi. A investigação inicial aponta para um chamado “crime passional”.

O trágico incidente é apenas um exemplo recente de uma série de assassinatos e estupros que despertaram a ira sobre a proteção das mulheres na Índia e o castigo aos perpetradores.

O Ministro Chefe de Delhi, Arvind Kejriwal, expressou sua indignação no Twitter, enquanto Swati Maliwal, presidente da Comissão de Mulheres de Delhi, classificou o incidente como assustador e observou a insegurança extrema em Delhi para mulheres e meninas.

A Índia tem lutado há muito tempo para lidar com a violência de gênero. Uma pesquisa da Fundação Thomson Reuters de 2018 com especialistas em questões femininas classificou o país como o lugar mais perigoso do mundo para as mulheres.

Ativistas afirmam que as estatísticas oficiais provavelmente representam apenas a ponta do iceberg, pois muitas formas de violência contra as mulheres, como estupro, geralmente são subnotificadas. Yogita Bhayana, fundador do People Against Rapes na Índia, destaca a necessidade de trabalhar na mentalidade dos homens e meninos para resolver a situação.

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