Bolivianos fizeram festa nas ruas da Bolívia depois da renúncia do socialista Evo Morales.
Os bolivianos comemoraram nas ruas com fogos de artifício e buzinas a renúncia de Morales.
“Estamos comemorando que a Bolívia é livre”, disse um manifestante perto do palácio presidencial em La Paz.
O líder da oposição boliviana Carlos Mesa disse hoje que Morales foi derrubado por uma revolta popular, e não pelas Forças Armadas.
Mesa disse que não houve golpe e que os militares tomaram a decisão de não se posicionar nas ruas porque “não queriam tirar vidas”.
Luis Fernando Camacho, líder conservador e principal articulador dos protestos que levaram à renúncia de Morales, disse que havia um mandado de prisão para o ex-presidente.
Camacho disse no Twitter que as autoridades estão procurando Morales em Chapare, na região de Cochabamba.
“Os militares tomaram o avião presidencial de Evo e ele está escondido em Chapare. Eles vão atrás dele”, escreveu Camacho.
Morales, que anunciou sua demissão pela TV no domingo à noite.
Hoje, ele acusou Mesa e seu colega líder da oposição Luis Fernando Camacho de serem conspiradores e entrarão na história como golpistas.
Os opositores do presidente deposto “mentem e tentam nos culpar pelo caos e pela violência que eles provocaram”, disse Morales.
O fato é que Evo Morales enfrentava um forte desgaste desde antes da eleição deste ano, sob forte suspeição de fraude.
Em 2016, a maioria dos bolivianos, em um referendo, negou a Morales a possibilidade de disputar pela quarta vez a presidência do seu país.
Mas, passando por cima desse referendo, o socialista resolveu disputar a sua terceira reeleição.
Evo estava no poder desde 2005.
Houve certe crescimento econômico no seu governo por um tempo.
Mas houve também muitos problemas, um deles a sua permissividade com a produção de coca.
Segundo ele, uma “tradíção indígena” do seu país.
Tal permissividade fez Evo Morales ser tachado, por muitos, como um forte parceiro do tráfico internacional de drogas.