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China quer “reescrever a Bíblia” e forçar igrejas a cantar hinos comunistas

O governo comunista chinês intensificou a perseguição aos cristãos nos últimos anos e quer até mudar a Bíblia.

O governo chinês está executando um plano para tornar o cristianismo mais compatível com o socialismo, no qual haverá uma “reescrita” da Bíblia, disse um importante ativista da liberdade religiosa ao Congresso dos Estados Unidos, segundo o The Christian Post.

O reverendo Bob Fu, ex-líder de igreja evangélica chinesa, que emigrou para os Estados Unidos em 1997 e fundou a organização de vigilância de perseguições China Aid , deu detalhes do plano do governo comunista chinês aos congressistas norte-americanos.

Segundo Fu, repressão da China  à religião tem sido cada vez mais intensa, com muitas igrejas sendo destruídas.

Fu advertiu que o que está acontecendo agora na China representa o mais alto grau de perseguição por grupos religiosos independentes que o país já viu em décadas.

“A falta de liberdade religiosa na China realmente atingiu o pior nível que nunca foi visto desde o início da Revolução Cultural por Mao Tse-tung na década de 1960”, disse.

No centro desse novo nível de perseguição está o novo regulamento da China sobre assuntos religiosos, promulgado em 1º de fevereiro de 2018.

Segundo Fu, o novo regulamento obriga a religião a “se adaptar à sociedade socialista”.

Fu disse que, para cumprir o novo regulamento religioso, o Movimento dos Três Autopatriotas e o Conselho Cristão Chinês (órgãos protestantes sancionados pelo Estado da China) desenvolveram um plano de cinco anos para “promover a sinicização [ou chinalização] do cristianismo”.

Ele explicou que o TSPM e o CCC realizaram um seminário em julho passado para discussão preliminar e para a execução do plano em cinco anos. 

O plano propõe “cultivar e implementar os valores fundamentais socialistas” na religião cristã.

A forma como o governo chinês planeja sinicizar o Cristianismo, esclarece Fu, é “retraduzindo” o Antigo Testamento e acrescentando novos textos ao Novo Testamento, para fazer com que os ideais socialistas e a cultura chinesa pareçam mais divinos.

“O plano deixou claro que “sinicização do cristianismo” significa transformar o “cristianismo na China” em “cristianismo comunista”, explicou.

A intenção do governo comunista é que a nova Bíblia reflita a ética chinesa do confucionismo e do socialismo”, disse Fu ao The Christian Post após a audiência.

Ele acrescentou que o plano de cinco anos defende a incorporação de elementos socialistas nos cultos, hinos e canções da igreja.

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