A busca por respostas continua, mas será que sabemos mais sobre o espaço sideral ou os oceanos?
Não há dúvida de que os oceanos e o espaço sideral são os maiores mistérios para a ciência atualmente, e possivelmente, ao longo de toda a história.
Isso ocorre porque os humanos são impedidos de explorar livremente esses ambientes para pesquisa ou lazer devido à sua extrema hostilidade à vida humana sem auxílio tecnológico.
Uma das alegações que circulam pela internet é que sabemos mais sobre o espaço sideral do que sobre os oceanos. Mas será isso verdade?
Instintivamente, imaginaríamos que sabemos mais sobre nosso próprio planeta do que sobre a vastidão do espaço. Entretanto, a realidade pode não ser bem essa.
Os oceanos, que representam cerca de 70% da superfície da Terra e têm uma profundidade média de 12.100 pés (3.688 metros), apresentam desafios de exploração únicos. A Fossa das Marianas, o ponto mais profundo da Terra, atinge inacreditáveis 35.876 pés (aproximadamente 10.935 metros), mais profundo que a altura do Monte Everest.
A pressão da água em certas profundidades oceânicas pode ser esmagadora, equivalendo ao peso de 50 jatos pousados em uma pessoa, de acordo com o pesquisador da NASA, Gene Feldman. A escuridão, a vida marinha ainda não descoberta e as águas extremamente frias tornam a exploração do oceano ainda mais desafiadora.
O envio de submarinos e veículos subaquáticos para a exploração do fundo do oceano exige altos investimentos, assim como o lançamento de foguetes para o espaço.
Entretanto, a exploração de corpos celestes pode ser facilitada pelo uso de tecnologias como satélites e telescópios, que podem operar a distância, como o Hubble, capaz de ver distâncias de até 13 bilhões de anos-luz.
Por outro lado, o oceano requer tecnologias para garantir luz e visibilidade a longa distância. Por isso, alguns pesquisadores afirmam que é mais fácil colocar uma pessoa no espaço do que no fundo do oceano – mais de 600 pessoas já foram para o espaço, contra apenas 20 que foram para a Fossa das Marianas.
Portanto, apesar da proximidade física dos oceanos, os desafios técnicos e logísticos de sua exploração podem significar que, de fato, sabemos mais sobre o espaço sideral do que sobre as profundezas dos oceanos.