Motivado pelas últimas decisões do STF, ex-governador Sérgio Cabral pretende tentar sua soltura por meio de habeas corpus.
Faz três que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral está preso.
Ele é réu em 30 ações penais da operação Lava Jato e está condenado a quase 268 anos de prisão.
Mas, aproveitando-se das últimas decisões do STF que enfraqueceram a operação, os advogados do ex-governador preparam um habeas corpus para revogar as três prisões preventivas e uma execução de pena provisória que estão mantendo o político preso.
A informação é do jornalista Ítalo Nogueira, da Folha de S.Paulo.
Será a primeira vez, desde novembro de 2016, quando foi detido na Operação Calicute, que a defesa do ex-governador tentará o recurso.
O procurador Eduardo El Hage, coordenador da Lava Jato fluminense, vê com muito receio a possibilidade da soltura de Sérgio Cabral:
“Ele é líder da maior organização criminosa que já foi descoberta no estado do Rio de Janeiro. Não tenho dúvidas de que ele ainda tem muito poder e, em liberdade, pode continuar manipulando essa máquina que funciona a seu serviço”.
O ex-governador está preso no presídio de Bangu 8 e divide uma galeria de seis celas de seis metros quadrados.
Cada uma delas tem outros quatros detentos: Eduardo Cunha (ex-deputado federal), Wilson Carlos (ex-secretário), Paulo Melo e Edson Albertassi (ex-deputados estaduais).
Ele gasta o tempo com a leitura de livros e jornais e com exercícios executados com halteres feitos de garrafas PET.
Graças à leitura, Sérgio Cabral conseguiu reduzir sua pena em 51 dias, um
benefício previsto na Lei de Execuções Penais.