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Fogo queima há 4 mil anos no Azerbaijão sem nunca apagar

Foto: Maureen O'Hare/CNN

Conheça Yanar Dag e o Templo do Fogo de Ateshgah, símbolos do misterioso passado de adoração ao fogo no Azerbaijão.

“Este fogo queimou 4.000 anos e nunca parou”, diz Aliyeva Rahila, uma guia turística na Península de Absheron, no Azerbaijão. Ela se refere ao Yanar Dag, ou “montanha em chamas”, um incêndio natural que nunca cessa, alimentado pelas abundantes reservas de gás natural do país.

Um espetáculo que fascina e assusta viajantes há milênios, Yanar Dag é uma das várias chamas espontâneas do Azerbaijão, valendo-lhe o apelido de “terra do fogo”.

O explorador Marco Polo e outros comerciantes da Rota da Seda já registraram o fenômeno ao passarem pelo Azerbaijão no século 13. Contudo, a maioria desses incêndios foi extinta devido à interferência na extração comercial de gás, tornando Yanar Dag um dos poucos exemplos remanescentes, e talvez o mais impressionante.

Estas chamas desempenharam um papel fundamental na antiga religião zoroastriana, onde o fogo é considerado um elo entre humanos e o sobrenatural. Embora hoje a maioria dos visitantes vá a Yanar Dag pelo espetáculo, a chama ainda representa uma parte vital da adoração para os seguidores do Zoroastrismo.

Para uma visão mais profunda da história de adoração ao fogo do Azerbaijão, os visitantes são aconselhados a visitar o Templo do Fogo de Ateshgah, localizado a leste de Baku. O complexo pentagonal, construído nos séculos 17 e 18 por colonos indianos, abrigou rituais de fogo desde o século 10 ou antes.

Embora associado ao zoroastrismo, o templo é mais conhecido como um local de culto hindu. Ele serviu como uma hospedaria para viajantes, peregrinos e ascetas que realizavam provações religiosas extremas. Hoje, o fogo do templo é alimentado pelo suprimento principal de gás de Baku e é aceso apenas para visitantes.

O Templo do Fogo de Ateshgah foi convertido em museu em 1975, nomeado Patrimônio Mundial da UNESCO em 1998, e hoje recebe cerca de 15 mil visitantes por ano, mantendo viva a rica e intrigante história de adoração ao fogo do Azerbaijão.

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