Brigas de influenciadores digitais, antes constrangedoras, agora são usadas como ferramenta para aumentar a visibilidade.
No último final de semana, quem acompanha perfis de fofoca no Instagram presenciou diversos conflitos públicos.
Durante uma festa de São João promovida pelo influencer Carlinhos Maia, em Alagoas, Dayanne Bezerra, irmã de Deolane, acabou em uma briga com a irmã de Rico Melquíades, acusando também o vencedor de “A Fazenda 13” de agressão.
Os vídeos do tumulto foram amplamente divulgados, assim como as declarações de ambas as partes.
No mesmo período, a influenciadora Emily Garcia, ex-namorada de Babal Guimarães, entrou na casa onde morava com um martelo na mão, alegando que seu ex havia jogado os pertences do filho de ambos na calçada.
O episódio, é claro, foi registrado em vídeo. Ambos correram para os stories do Instagram com mensagens diretas e indiretas para explicar a situação.
O ponto comum entre esses casos é a mudança na percepção das brigas públicas.
Há tempos, conflitos desta magnitude causavam vergonha e constrangimento. Agora, no entanto, servem como combustível para aumentar o engajamento nas redes sociais desses influenciadores, que ampliam o número de visualizações de suas postagens e, subsequentemente, vendem publicidade para jogos de azar, entre outros.
Se nos anos 90 os telebarracos, como o programa de Márcia Goldschmidt, causavam desconforto e rejeição ao ponto de serem retirados do ar por anunciantes ou executivos, hoje, a falta de civilidade parece ter se tornado um artifício cada vez mais comum e aceitável.
Definitivamente, parece valer tudo pela audiência.