Condenada pela Justiça, a parlamentar é acusada de envolvimento com quadrilha de tráfico de drogas liderada pelo pai.
A política fluminense está prestes a enfrentar mais um capítulo polêmico em sua história. Fernanda Costa (MDB), vereadora de Duque de Caxias (RJ) e filha do notório traficante Fernandinho Beira-Mar, corre o risco de perder seu mandato na Câmara Municipal após ser condenada pela Justiça junto a cinco irmãos e o pai.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a parlamentar visitava o pai na prisão para tratar de assuntos relacionados à prática criminosa e desempenhava um papel crucial na organização liderada por Beira-Mar.
A Operação Epístola, realizada pela Polícia Federal, revelou que, mesmo isolado em uma penitenciária de segurança máxima em Rondônia, o megatraficante comandava o tráfico de drogas em 13 comunidades de Duque de Caxias.
Fernanda Costa tem exercido um papel político e social de grande relevância no município, prestando serviços nas comunidades controladas por seu pai e transformando-as em seu reduto eleitoral.
Apesar da decisão do Tribunal Regional Federal de Rondônia (TRF) mencionar a suspensão dos seus direitos políticos, a vereadora atua no cargo desde 2021, já que conseguiu concorrer ao pleito por não ter sido condenada pelo crime de organização criminosa na época.
As investigações apontam que Fernanda e seus irmãos trocavam recados codificados com o pai durante visitas ao presídio. Por conta dessas atividades ilícitas, a Justiça condenou a vereadora a 4 anos e 10 meses de reclusão em regime semiaberto.
O caso de Fernanda Costa expõe a complexa relação entre política e crime organizado no Brasil, e o desfecho deste episódio será acompanhado de perto pelos cidadãos de Duque de Caxias e de todo o país.
