A história profunda e complexa da antagonista do aguardado Diablo 4, o mais novo jogo da franquia de sucesso conhecida mundialmente.
Com a iminência do lançamento de Diablo 4, uma figura temida e fascinante se destaca como a principal antagonista: Lilith, a Rainha das Súcubus. Embora não seja sua estreia na franquia, é a primeira vez que a história de Lilith é explorada em detalhes num jogo da série.
Lilith, que fez sua primeira aparição em Diablo 2, durante o evento Pandemônio, foi mencionada em várias ocasiões em textos espalhados por Diablo 3 e outras mídias derivadas, como quadrinhos e romances.
Nesta matéria, apresentaremos a fundo a história desta poderosa vilã que, praticamente, liderou um golpe de estado contra os Males Primordiais na tentativa de encerrar o Conflito Eterno.
Filha de Mephisto, o Lorde do Ódio, e sobrinha de Baal e Diablo, Lilith estava insatisfeita com a condução do Conflito Eterno pelos três Males Primordiais. Sua ambição era encerrar a guerra definitivamente, mas ela precisava de ajuda para isso.
Em sua busca por aliados, Lilith capturou o anjo Inarius, cujo desejo de libertação da guerra entre Céu e Inferno foi despertado pelo toque da Filha do Ódio. Inarius se tornou a peça chave para o plano de Lilith de derrubar Diablo, Mephisto e Baal.
Lilith, habilmente, convenceu Inarius de que a única maneira de ficarem juntos seria roubando a Pedra do Mundo e criando um universo próprio, livre do Conflito Eterno. Com a Pedra em seu poder, eles criaram o mundo de Santuário, onde ocorrem os eventos dos jogos.
Embora Inarius visse a criação do Santuário como a realização de seu desejo, para Lilith, era apenas o início. Sua meta era vencer a guerra, não fugir dela. Depois de criar o Santuário, Lilith manipulou Inarius novamente.
Combinando suas essências angelical e demoníaca com o poder da Pedra do Mundo, eles criaram a primeira massa de argila, que deu origem ao primeiro Nephalem. Lilith reconheceu o potencial de seus filhos e planejou formar o exército definitivo que derrotaria ambos os lados do Conflito Eterno.
Quando os anjos e demônios que seguiam Lilith e Inarius perceberam que os Nephalem poderiam ser mais poderosos que seus criadores, iniciaram uma cruzada para exterminá-los. Em resposta, a Furiosa Primeira Mãe caçou todos que ameaçavam suas criações, fossem anjos ou demônios.
Inarius, embora horrorizado, não conseguiu matar Lilith e, em vez disso, a baniu para o Vazio. Incapaz de continuar o extermínio de seus filhos, Inarius alterou a Pedra do Mundo para que o poder dos Nephalem diminuísse a cada geração, eventualmente originando a humanidade.
Quando Diablo e seus irmãos descobriram o novo mundo e o potencial dos filhos de Lilith, uniram-se para dominá-los, vendo-os como soldados perfeitos para o Conflito Eterno. Em resposta, Inarius e suas forças formaram a resistência de Santuário, dando início à Guerra do Pecado.
Embora banida em sua forma original, Lilith, em forma humana, aproveitou a situação e alterou a Pedra do Mundo novamente, permitindo que os poderes dos Nephalem voltassem a se manifestar gradualmente.
Durante milênios, agindo nas sombras como a Mãe Abençoada, Lilith influenciou a humanidade e outras forças para perpetuar sua história, o que lhe permitiu arquitetar seu retorno, como é visto no trailer de anúncio de Diablo IV.
Lilith foi introduzida como um dos chefes especiais durante o evento Pandemônio em Diablo II. Segundo a narrativa da época, ela seria a mãe de Andariel. Após a morte de sua filha nas mãos dos heróis de Santuário, a Rainha das Súcubus se aliou a Duriel e Izual, dois dos principais generais dos Males Primordiais, para restaurar Diablo a seu máximo poder.
No entanto, com as mudanças feitas pela Blizzard na relação entre Lilith e Andariel em romances e outras produções oficiais não ligadas ao jogo, sua motivação foi invalidada. Como resultado, apesar de divertido, o evento Pandemônio é apenas um conteúdo bônus e não é canônico.
Lilith sempre teve ambições maiores do que apenas espalhar terror e destruição, o que a diferencia de Diablo e seus irmãos. Por essa razão, ela é tanto temida quanto reverenciada pelos habitantes de Santuário.
Agora, parece que Lilith está em busca de vingança contra todos que a baniram e ameaçaram seus filhos, além de vencer o Conflito Eterno e governar Céu e Inferno. Por isso, é esperado que Inarius desempenhe um papel importante em Diablo IV.
Historicamente, a Blizzard costuma apresentar narrativas lineares, e o mesmo deve ocorrer em Diablo IV. No entanto, dada sua ligação profunda com os Nephalem, será interessante ver se Lilith tentará seduzir os jogadores durante a jornada, trazendo maior profundidade à relação ambígua de criação e destruição que a nova vilã representa.