Quatro casos suspeitos da gripe aviária H5N1 em humanos são monitorados no Espírito Santo.
O Ministério da Saúde brasileiro está atualmente investigando quatro possíveis casos de infecção humana pelo vírus da gripe aviária H5N1 no Espírito Santo. Além disso, 38 pessoas, tanto do Espírito Santo quanto do Rio de Janeiro, que tiveram contato com aves infectadas, testaram negativo para o vírus.
O ministério, em colaboração com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), está de olho na situação das aves silvestres do país, mas enfatiza que, até agora, não houve confirmação de casos em humanos.
A pesquisa incluiu 33 funcionários do Parque Fazendinha no Espírito Santo, onde uma ave infectada foi localizada, e uma servidora do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM). Quatro residentes do norte do Rio de Janeiro também passaram por testes, que retornaram negativos.
O vírus H5N1 é transmitido por meio de contato com aves infectadas, vivas ou mortas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatiza que a transmissão para humanos é rara e a propagação de pessoa para pessoa é geralmente limitada.
Na última segunda-feira (22), Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, proclamou estado de emergência zoossanitária em todo o Brasil por 180 dias, em resposta aos casos em aves. A decisão visa proteger a produção de aves domésticas e comerciais, além de salvaguardar a fauna selvagem e a saúde humana.
Fávaro explicou que a declaração permite o acesso a fundos federais e a colaboração entre diferentes níveis de governo e organizações não governamentais. O objetivo principal é garantir pessoal, logística, recursos financeiros e tecnologia necessários para controlar a disseminação da doença.
Sempre que o Ministério da Agricultura é informado de um possível caso de gripe aviária por meio do serviço veterinário oficial, o Ministério da Saúde coordena com as secretarias municipais e estaduais de Saúde para iniciar a vigilância epidemiológica na área.
Além disso, os Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), presentes em todos os estados, realizam uma busca ativa para identificar e monitorar indivíduos que tiveram contato com aves infectadas. Se esses indivíduos apresentarem sintomas gripais, serão testados, monitorados e isolados.
As amostras recolhidas são primeiro analisadas pelos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs) e, em seguida, encaminhadas para confirmação nos laboratórios de referência e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).