A escalada do H5N1 no Brasil chama a atenção para a saúde avícola nacional, com Espírito Santo liderando a estatística de casos.
O flagelo da gripe aviária H5N1 continua seu rastro perturbador pelo Brasil.
Conforme relatório emitido pelo Ministério da Agricultura nesta quinta-feira, 8 de junho de 2023, mais cinco aves silvestres foram confirmadas como portadoras da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), elevando a contagem total para 30 focos da doença. Cada foco é indicativo de, no mínimo, uma ocorrência da enfermidade.
O ministério está com olhos e ouvidos atentos à situação, tendo sete casos potenciais em seu radar, aguardando confirmação laboratorial após coleta de amostras.
No dia 22 de maio de 2023, a situação alarmante levou o governo a declarar, em edição extraordinária do Diário Oficial, um estado de emergência zoossanitária válido por 180 dias para todo o território nacional. A medida foi validada pela assinatura do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
A partir do registro inicial da doença, em 15 de maio, até agora, foram iniciadas 1.269 investigações de possíveis casos de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, doenças altamente correlacionadas ao H5N1 e à Doença de Newcastle.
Entre essas investigações, 237 foram categorizadas como casos prováveis, sendo encaminhadas para análise laboratorial.
A doença fez sua presença ser sentida em cinco estados brasileiros: Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O estado capixaba lidera as estatísticas, sendo responsável por 20 dos 30 focos confirmados, correspondendo a 66,6% do total de casos.
A transmissão da gripe aviária ocorre através do contato com aves doentes ou já falecidas. O Ministério da Agricultura e Pecuária alerta a população para não intervir diretamente, recolhendo aves doentes ou mortas. A recomendação é acionar o serviço veterinário mais próximo para evitar a propagação do H5N1.