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Caso de tráfico de pessoas em São Paulo: mãe revela pressão para rntregar bebê

Foto: Reprodução / O Tempo

A mulher que entregou seu filho a um casal acusado de tráfico de pessoas em São Paulo fala sobre a pressão que sofreu.

A mãe do menino de dois anos encontrado na semana passada em São Paulo, sob a guarda de um casal preso por suspeita de tráfico de pessoas, compartilhou seu relato em uma recente entrevista ao programa “Fantástico” da TV Globo. Ela revelou que, pressionada pela mulher que levou a criança e pelo marido desta, sofreu um surto e decidiu entregar seu filho.

A criança, oriunda de Santa Catarina, foi descoberta pela Polícia Militar de São Paulo em um veículo no bairro Tatuapé. Marcelo Valverde Valeze, 52 anos, e Roberta Porfírio de Souza Santos, 41 anos, que estavam com o menino no carro, foram presos preventivamente. Ambos negam a acusação de tráfico de pessoas.

Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, o marido de Roberta Santos também é alvo de investigação. Uma das possibilidades levantadas é que o casal estivesse tentando realizar uma adoção ilegal.

A esposa de Marcelo Valeze, uma jovem de 22 anos, também está sob investigação. Ela conheceu Valeze em 2021, durante sua gravidez, em um grupo de apoio a mães. Ela contou que Valeze mencionou seus esforços para ter um filho com a esposa e diversas perdas gestacionais, o que gerou empatia e confiança.

Ela alega que Valeze começou a pressioná-la, alegando que, se a criança viesse a sofrer, isso geraria um “carma” para ambos. Em um dado momento, Valeze afirmou que conhecia uma mulher que poderia cuidar da criança.

Eles combinaram um encontro com Roberta Santos, e, após uma série de eventos, a mãe da criança diz ter sido pressionada a entregar seu filho. Ela conta que, manipulada e sob pressão, cedeu e entregou a criança, sem imaginar que poderia estar diante de um caso de tráfico de pessoas.

A Polícia Civil de Santa Catarina planeja solicitar a quebra de sigilo bancário dos envolvidos no caso. Mensagens de celular indicam que a mãe foi assediada para entregar o filho desde o nascimento dele, há dois anos.

Atualmente, a criança encontra-se em uma casa de acolhimento em São Paulo e deve retornar a Santa Catarina, onde inicialmente ficará em um abrigo institucional em São José, na Grande Florianópolis. Os avós maternos da criança desejam obter sua guarda.

As defesas dos presos negam as acusações. De acordo com a advogada Fernanda Salvador, que defende Roberta Santos, a mãe entregou voluntariamente o menino por estar em situação de vulnerabilidade.

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