Escondida no México, a caverna abriga cristais de até 36 pés de comprimento e 55 toneladas.
Preparem-se para uma história de tirar o fôlego! A mil pés abaixo do solo, existe uma caverna perigosa cheia de cristais enormes que podem matar visitantes em questão de minutos.
Localizada no coração do estado de Chihuahua, no México, a caverna fica sob a Sierra de Naica e abriga centenas de cristais deslumbrantes que cresceram sem interrupção por pelo menos meio milhão de anos.
Os cristais, que parecem feitos de vidro, têm até 36 pés de comprimento e pesam impressionantes 55 toneladas. A caverna, tão mortal quanto bela, permaneceu um segredo da Terra por milhares de anos, mesmo com a mina de Naica sendo explorada por séculos.

Dois mineiros descobriram a maravilha natural, agora chamada de Caverna do Cristal Gigante, em 2000, enquanto escavavam um novo túnel para uma empresa de mineração. Acima deles, havia inúmeros cristais brancos luminescentes – alguns dos maiores já encontrados.
Os cientistas que se arriscaram a entrar na caverna acreditam que pode ter levado entre 500.000 e 900.000 anos para os cristais crescerem. Há milhões de anos, uma erupção de magma forçou águas quentes e ricas em minerais a entrar na caverna, fornecendo as condições ideais para a formação dos cristais.
Embora pareça um local perfeito para o turismo, a caverna é uma armadilha mortal. A temperatura pode atingir altos de 58°C com umidade próxima a 100%. Se não estiverem usando proteção adequada, os visitantes só conseguem suportar as condições letais da caverna por menos de 10 minutos antes que a acumulação de líquido nos pulmões se torne fatal.

O público é proibido de entrar na caverna, e até mesmo os cientistas precisam de permissão especial. Em 2017, biólogos descobriram uma forma de vida aprisionada dentro dos cristais, estimada em cerca de 50.000 anos. Microbiologistas da NASA encontraram micróbios, que só podem ser vistos com microscópio, dentro do fluido dos cristais.
No entanto, é improvável que a caverna seja explorada novamente, já que foi inundada nos últimos anos após a paralisação das operações de mineração.
A acessibilidade da caverna dependia das bombas de água da mina, que foram desligadas em 2017, permitindo que a água do subsolo enchesse a caverna novamente. Agora, os cristais voltaram a ficar submersos, e acredita-se que possam ter começado a crescer novamente.