Bancos digitais aderem a inovações como Open Finance, Pix e biometria, alavancando a experiência do cliente.
A evolução constante da tecnologia está remodelando o cenário bancário brasileiro. As instituições digitais estão na vanguarda, implementando cada vez mais produtos, aplicações e processos inovadores que estão definindo novas tendências no setor.
Nos próximos cinco anos, espera-se que a adoção de tecnologias emergentes, como o Open Finance, Pix, onboarding digital com biometria, inteligência artificial e cibersegurança, sejam ainda mais intensificadas.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Open Finance já registrou 17,3 milhões de consentimentos de clientes, em seus dois anos de operação no país, permitindo o compartilhamento de seus dados pessoais e financeiros entre as instituições participantes. De acordo com Wagner Martin, vice-presidente de negócios da Veritran, o Open Finance está revolucionando a experiência do cliente.
“O Open Finance está propiciando uma experiência de usuário sem igual, removendo obstáculos e proporcionando uma usabilidade mais simplificada. Os bancos que se destacarem em mostrar essas vantagens conquistarão muitos clientes”, afirma Martin.
A adoção do Pix, juntamente com o investimento contínuo dos bancos em seus aplicativos, levou a um aumento expressivo nas transações financeiras. A Febraban destaca que o Pix tem sido um catalisador para o acesso bancário e a inclusão financeira no Brasil.
Além disso, o Banco Central do Brasil anunciou o lançamento do Pix Crédito, um novo serviço de transferência instantânea previsto para o segundo semestre de 2023, permitindo aos consumidores parcelarem suas compras sem a necessidade de um cartão. Outra inovação aguardada é o Pix Internacional, que visa conectar mercados de cerca de 60 países, resolvendo problemas de conversão de taxas de câmbio.
A segurança é outra área onde as inovações estão ganhando força. Com o aumento das transações digitais, o onboarding com biometria tem se destacado como uma medida importante para garantir a segurança do cliente.
“Com a expansão das transações via mobile banking, o onboarding com biometria vem se tornando cada vez mais relevante. Quando se trata de segurança em um banco digital, essa tecnologia é fundamental”, destaca Martin.
Um estudo global da Accenture prevê uma adesão crescente aos pagamentos biométricos, com 42% dos entrevistados acreditando que essa tecnologia será amplamente adotada até 2025.
Os bancos também estão se interessando cada vez mais por machine learning e inteligência artificial, dada a capacidade dessas tecnologias de coletar e gerenciar dados. A Accenture aponta que essas informações serão cada vez mais valiosas, conforme destacado em seu estudo sobre as principais tendências bancárias para 2023.
Segundo a Febraban, o setor bancário brasileiro investiu R$ 35,5 bilhões (US$ 6,68 bilhões) em tecnologia somente no último ano. Os investimentos foram direcionados para a nuvem, inteligência artificial, automação de processos robóticos (RPA ou chatbots) e Internet das Coisas (IoT), e a expectativa é de que essa tendência se intensifique nos próximos anos.