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Dica de português: aprenda a não confundir “dá”, “está”, “lê” e “vê” com “dar”, “estar”, “ler” e “ver”

Para os que têm dificuldade de saber quando é dá/dar, está/estar, lê/ler, vê/ver, esta dica vai desfazer essa dúvida.

Muita gente, quando vai escrever, usa “dá”, “está”, “lê” e “vê” no lugar de “dar”, “estar”, “ler” e “ver”.

Essa confusão tem dois motivos: quando pronunciam o infinitivo desses verbos, normalmente as pessoas o fazem sem enfatizar o “r”.

O apagamento do “r” na fala é, portanto, o primeiro motivo.

O segundo é o fato de esses verbos terem, na terceira pessoa do indicativos, formas oxítonas acentuadas  – dá, está, lê, e vê –, cuja pronúncia muito se assemelha à da fala relaxada em que ocorre o apagamento do “r”. 

Nos verbos em que a terceira pessoa do presente do indicativo não é oxítona, esse problema não ocorre. 

Ninguém confunde, por exemplo, “ama” com “amar”, nem “pode” com “poder”. 

A boa notícia, para os que têm dificuldade de saber quando é dá/dar, está/estar, lê/ler, vê/ver, é que é muito simples desfazer essa dúvida.

Basta saber que o infinitivo (dar, estar, ler e ver) pode ser substituído por outro infinitivo; a forma flexionada (dá, está, lê e vê) não pode.

Veja isso na prática.

Surgiu a dúvida:

é “Ele pode está ou estar certo”?

Vamos tentar a substituição por um infinitivo:

“Ele pode andar certo”.

A substituição por um infinitivo é possível, logo sem dúvida é:

“Ele pode estar certo”.

Mais um teste:

“Governador dá ou dar nova função a secretário”?

Neste caso o certo é “dá”, pois a substituição por outro infinitivo não é possível.

Ou seja, não pode ser “Governador oferecer nova função a secretário”.

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