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EUA aprovam medicamento contra infecções intestinais feito com bactérias fecais

Foto: Reprodução/ ASSOCIATED PRESS

Nova opção de tratamento com cápsulas orais é uma alternativa aos transplantes de microbiota fecal.

Os Estados Unidos autorizaram o uso de um novo medicamento para combater infecções intestinais graves, aprovado pela agência reguladora do país, a FDA, na quarta-feira (26).

O remédio é o primeiro feito de bactérias benéficas encontradas em fezes humanas, uma alternativa aos transplantes de microbiota fecal.

A droga, desenvolvida pela Seres Therapeutics, fornece uma versão mais simples e rigorosamente testada de procedimentos baseados em fezes que alguns especialistas já usam há mais de uma década.

Chamada de Vowst, a medicação é indicada para adultos com problemas no combate à bactéria Clostridium difficile (CDI), que pode causar náuseas, cólicas e diarreia intensas.

A infecção afeta cerca de 500 mil americanos por ano e mata entre 15 e 30 mil pessoas, segundo as autoridades de saúde do país.

As cápsulas orais aprovadas pela FDA são para o tratamento de infecções recorrentes por CDI em adultos com mais de 18 anos que já receberam tratamento com antibióticos.

As substâncias usadas para tratar a bactéria são capazes de eliminá-la, mas também destroem os microrganismos benéficos que vivem no intestino, deixando pacientes mais suscetíveis a futuras infecções. Por isso, o novo medicamento é uma opção promissora para tratar a infecção.

De acordo com a FDA, a aprovação do medicamento baseia-se em um estudo de 180 pacientes, em que 88% dos que tomaram as cápsulas de Vowst não tiveram reinfecção após oito semanas, em comparação com 60% dos que receberam placebos.

O tratamento aprovado consiste em tomar quatro cápsulas por dia durante três dias consecutivos.

Embora eficaz, a medicação tem efeitos colaterais comuns, incluindo inchaço, constipação e diarreia. No entanto, o novo medicamento representa uma nova opção de tratamento para pacientes com infecções intestinais recorrentes por CDI, que agora têm uma alternativa aos transplantes de microbiota fecal.

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