EUA propõe taxação de 30% sobre energia elétrica usada por mineradores de criptomoedas

Medida visa reduzir danos ambientais e encorajar empresas a repensar impactos negativos causados pela mineração de Bitcoin.

Em uma nota divulgada na última terça-feira (2), a Casa Branca propôs uma taxação de 30% sobre o consumo de energia elétrica utilizado por mineradores de Bitcoin e outras criptomoedas.

A medida tem como objetivo fazer com que as empresas reflitam sobre os danos que causam à sociedade, como a poluição ambiental local, o aumento das emissões de gases de efeito estufa e a elevação dos preços da energia para terceiros.

Este não é o primeiro posicionamento crítico da Casa Branca em relação ao Bitcoin. Em setembro do ano passado, chegou-se a sugerir o banimento da indústria devido ao alto consumo de eletricidade.

O relatório da Casa Branca comparou o gasto energético da mineração de Bitcoin com outras atividades, revelando que o consumo em 2022 foi semelhante ao de todos os televisores dos Estados Unidos. Estima-se que a indústria tenha gasto mais de 50 bilhões de kWh.

A nota também argumenta que o setor não gera empregos para as comunidades locais e é um grande poluidor do meio ambiente, gerando impactos negativos mesmo quando utiliza energia verde.

Segundo o relatório, o aumento do consumo de eletricidade pelos criptomineradores em áreas com energia hidrelétrica reduz a quantidade de energia limpa disponível para outros usos, elevando os preços e aumentando a dependência geral de fontes de eletricidade mais sujas.

Como solução, a Casa Branca sugere a taxação de 30% sobre os custos de energia elétrica dos mineradores. Em fevereiro, os Estados Unidos já haviam pressionado a indústria a revelar seu consumo e níveis de poluição.

A taxação proposta poderia desestimular diversas empresas a manterem suas operações no país, devido à competitividade do setor e à importância dos custos energéticos para o sucesso dos empreendimentos.

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