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NASA investiga nuvens de gelo para decifrar mudanças climáticas

Foto: Divulgação / NASA

Missão inédita da NASA pretende ampliar nossa compreensão sobre as transformações atmosféricas e climáticas em curso.

A NASA, a agência espacial norte-americana, divulgou na última segunda-feira, dia 22, uma inovadora missão que visa ao estudo das “nuvens de gelo”, formadas em grandes altitudes nas regiões tropicais e subtropicais de nosso planeta.

De acordo com a agência, esses estudos são vitais para a compreensão das mudanças climáticas e para ampliar nosso conhecimento sobre a atmosfera terrestre.

Essa investigação é realizada sob o âmbito do programa PolSIR, cuja sigla em inglês significa “Radiômetro Polarizado de Nuvem de Gelo Submilimétrico”.

Para tal fim, serão utilizados dois CubeSats, pequenos satélites projetados para monitorar fenômenos climáticos como os ciclones, cuja função será analisar as transformações ocorridas nessas nuvens de gelo ao longo do dia, fornecendo dados cruciais para aprimorar os modelos globais. Alguns dos satélites dessa constelação já foram lançados.

Os CubeSats foram enviados ao espaço no início de maio e estão equipados para observar eventos climáticos tempestuosos, através da captação de ondas eletromagnéticas em uma única órbita baixa inclinada da Terra sobre os trópicos. Com isso, esses dispositivos podem rastrear qualquer tempestade aproximadamente a cada hora, o que os torna eficazes para a missão.

A investigação desses fenômenos é de extrema relevância para a monitorização das mudanças climáticas. Essa missão oferecerá a primeira oportunidade de estudar as nuvens de gelo com um nível de detalhamento sem precedentes. Como se poderia esperar, esse é um projeto de alto custo, com um limite vitalício de gastos de até US$ 37 milhões, desconsiderando-se os custos de lançamento.

Os radiômetros nos CubeSats serão responsáveis pela medição da energia radiante emitida pelas nuvens. Segundo a NASA, esses dados são fundamentais para obter informações sobre como essas formações de gelo evoluem e se comportam durante o dia.

“Compreender como as nuvens de gelo reagem às mudanças climáticas – e, posteriormente, como influenciam novas alterações – é um dos grandes desafios para prevermos o comportamento futuro da atmosfera”, declarou Karen St. Germain, líder da Divisão de Ciências da Terra da NASA.

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