Ataques constantes e aumento da população de porcos selvagens geram preocupação e prejuízos para agricultores na região de Mato Grosso.
No município de Lucas do Rio Verde, no estado de Mato Grosso, os agricultores estão enfrentando um problema cada vez mais grave nas lavouras de milho: o ataque de porcos selvagens. A situação se repete a cada safra, com um aumento tanto no número de animais quanto nas áreas devastadas.
Os ataques dos porcos selvagens às plantações de milho foram destaque no episódio 87 do programa Patrulheiro Agro.
Na propriedade onde Valdemir de Souza trabalha como gerente de produção, cerca de 120 hectares foram completamente destruídos pelos animais. A área precisou ser replantada três vezes devido aos ataques.
“Tivemos que replantar aqui três vezes, porque no dia seguinte ao plantio, os animais já estavam devorando as plantas. Em alguns locais, tivemos que usar uma variedade diferente de milho, pois a original havia sido totalmente consumida. Era necessário plantar para evitar falhas na plantação”, explica o gerente.
Valdemir também relata que a população de porcos selvagens está aumentando devido à proporção dos ataques e à destruição das lavouras de milho. Além disso, há preocupação com a segurança, já que os animais demonstram agressividade, representando um risco de vida.
Em outra propriedade da região, o agricultor Gilberto Eberhardt relata que os porcos selvagens invadiram até mesmo a sede da fazenda. Ele considera que há um descontrole desses animais e espera que as autoridades competentes tomem providências antes que o problema se agrave ainda mais.
“Os porcos selvagens estão invadindo nossa sede, há um descontrole excessivo e se não tomarmos uma atitude junto às autoridades responsáveis para avaliar essa situação, perderemos totalmente o controle sobre esses animais”, destaca o agricultor.
Além disso, segundo Gilberto, os investimentos em tecnologia são altos e se o problema persistir, será um desafio continuar com o cultivo de milho na propriedade. Ele tinha a expectativa de colher mais de 140 sacas, mas estima que não chegará a 80 sacas devido aos danos causados pelos porcos selvagens.