Primeira Guerra Mundial e a criação do sutiã: entenda a inusitada conexão

Como o sutiã foi inventado e ganhou fama mundial graças à Primeira Guerra Mundial e à demanda por metal na indústria bélica.

As duas Grandes Guerras do século XX foram momentos de profunda transformação, incluindo avanços tecnológicos e mudanças culturais significativas. Um exemplo disso é o surgimento e a popularização do sutiã, que teve seu momento decisivo durante a Primeira Guerra Mundial.

Antes do sutiã, mulheres da Grécia Antiga usavam faixas de lã ou linho para dar sustentação aos seios, conhecidas como stróphion.

Já na virada do século XVI, o espartilho se tornou a peça-chave no vestuário feminino, mesmo causando desconforto e problemas de saúde.

Foi durante a Primeira Guerra Mundial que a editora Caresse Crosby criou o primeiro sutiã moderno nos Estados Unidos, a partir de uma ideia que teve ao se preparar para um baile de debutante.

Insatisfeita com o espartilho, ela improvisou um sutiã com dois lenços de bolso e fita rosa. Sua invenção atraiu a atenção das mulheres no baile, e Crosby começou a receber pedidos para confeccionar mais sutiãs.

Foto: Reprodução / Wikimedia Commons

Crosby patenteou sua criação e abriu um negócio, mas acabou vendendo a patente para a Warner Brothers Corset Co. por US$ 1.500.

Nesse mesmo período, o Conselho das Indústrias de Guerra dos EUA solicitou que as mulheres americanas deixassem de comprar espartilhos para poupar metal, necessário para a fabricação de armas e munições.

Com o fim da guerra e a escassez de metal, os espartilhos perderam espaço para os sutiãs.

Inicialmente disponíveis em tamanho único, os sutiãs ganharam uma maior variedade de tamanhos graças a William e Ida Rosenthal, fundadores da Maidenform.

Atualmente, quase 95% das mulheres nos países ocidentais usam sutiãs, gerando uma indústria bilionária que se tornou um pilar na economia.

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