Como o sutiã foi inventado e ganhou fama mundial graças à Primeira Guerra Mundial e à demanda por metal na indústria bélica.
As duas Grandes Guerras do século XX foram momentos de profunda transformação, incluindo avanços tecnológicos e mudanças culturais significativas. Um exemplo disso é o surgimento e a popularização do sutiã, que teve seu momento decisivo durante a Primeira Guerra Mundial.
Antes do sutiã, mulheres da Grécia Antiga usavam faixas de lã ou linho para dar sustentação aos seios, conhecidas como stróphion.
Já na virada do século XVI, o espartilho se tornou a peça-chave no vestuário feminino, mesmo causando desconforto e problemas de saúde.
Foi durante a Primeira Guerra Mundial que a editora Caresse Crosby criou o primeiro sutiã moderno nos Estados Unidos, a partir de uma ideia que teve ao se preparar para um baile de debutante.
Insatisfeita com o espartilho, ela improvisou um sutiã com dois lenços de bolso e fita rosa. Sua invenção atraiu a atenção das mulheres no baile, e Crosby começou a receber pedidos para confeccionar mais sutiãs.

Crosby patenteou sua criação e abriu um negócio, mas acabou vendendo a patente para a Warner Brothers Corset Co. por US$ 1.500.
Nesse mesmo período, o Conselho das Indústrias de Guerra dos EUA solicitou que as mulheres americanas deixassem de comprar espartilhos para poupar metal, necessário para a fabricação de armas e munições.
Com o fim da guerra e a escassez de metal, os espartilhos perderam espaço para os sutiãs.
Inicialmente disponíveis em tamanho único, os sutiãs ganharam uma maior variedade de tamanhos graças a William e Ida Rosenthal, fundadores da Maidenform.
Atualmente, quase 95% das mulheres nos países ocidentais usam sutiãs, gerando uma indústria bilionária que se tornou um pilar na economia.