Tribunal de Paris absolve Air France e Airbus de homicídio culposo no acidente que vitimou 228 pessoas.
Em 1º de junho de 2009, o voo AF447 da Air France, que seguia do Rio de Janeiro para Paris, caiu no oceano, resultando na morte das 228 pessoas a bordo, incluindo 12 tripulantes e 216 passageiros.
Após dois anos de buscas, os gravadores de caixa-preta do voo foram recuperados, revelando que tubos de pitot bloqueados causaram dados incorretos durante o voo, levando a uma série de erros fatais.
As gravações das últimas palavras dos pilotos Marc Dubois, David Robert e Pierre-Cedric Bonin mostram a preocupação e confusão que enfrentaram diante da situação.
O piloto automático foi desligado devido a indicadores de perda de altitude, e a tripulação levantou o nariz do avião, causando um estol. Já era tarde demais quando Dubois acordou e os copilotos não conseguiram corrigir o erro.
Um tribunal de Paris decidiu que a Air France e a Airbus não eram culpadas de homicídio culposo pelas mortes a bordo.
As famílias das vítimas argumentaram que as empresas estavam cientes dos problemas de congelamento nos tubos de pitot e falharam em substituí-los ou treinar pilotos para lidar com tais situações.

Danièle Lamy, líder da associação das famílias do AF447, expressou sua esperança por uma decisão imparcial condenando as duas empresas por negligência e falhas.
Ambas as organizações negaram responsabilidade pelo acidente, atribuindo-o a sistemas de alerta eletrônico que falharam e confundiram os pilotos.
As últimas palavras dos pilotos do voo AF447 ressaltam a importância de abordar e entender possíveis problemas na segurança da aviação.
Este caso destaca a necessidade de melhoria contínua na tecnologia de aeronaves, treinamento e manutenção para evitar acidentes futuros e garantir a segurança de passageiros e tripulantes.