Uma história de amor mal resolvida foi o principal motivo para que a República fosse proclamada.
A história como nos é oficialmente contada, quase sempre, é uma farsa.
Os fatos históricos que vamos contar a você agora, é bem provável que seu professor de história não os tenha lhe contado
Em 15 de novembro de 1889, a Monarquia brasileira caía.
No seu lugar, entrava a República, nascida de um golpe militar alimentado por intrigas e por uma longa dor de cotovelo.
Depois da consagradora vitória na Guerra do Paraguai, o Exército brasileiro ganhou prestígio e uma crescente força política.
A filosofia positivista orientava o pensamento de boa parte dos nossos militares – como é até hoje.
Quando a princesa Isabel assinou a lei que libertou os escravos, em 13 de maio de 1888, a Monarquia já não era uma unanimidade nos quartéis.
Entre o povo, porém, o imperador dom Pedro II era ainda muito querido.
Não por acaso, o Partido Republicano fracassara em todas as eleições disputadas, elegendo poucos candidatos.
Mas em 1889, uma mentira mudou tudo.
Os republicanos aproveitaram-se de uma insatisfação do marechal Deodoro da Fonseca com o Império e o convenceram de que o então Presidente do Conselho de Ministros de Pedro II, o visconde de Ouro Preto, havia expedido uma ordem de prisão contra ele.
Era uma mentira, uma farsa ardilosamente tramada para colocar o Exército contra o imperador.
Deodoro, que já andava muito chateado com o governo monarquista, reuniu um pequeno batalhão e marchou pelo Rio de Janeiro, exigindo a deposição de todo o ministério.
Ele conseguiu.
Mas os republicanos queriam muito mais que uma troca de ministros.
Dom Pedro II se encontrava em Petrópolis.
Havia o receios dos republicanos que o marechal Deodoro da Fonseca, que era amigo pessoal do imperador, se entendesse com ele depois de expulsar o visconde de Ouro Preto do ministério.
E foi então que veio a segunda e decisiva mentira.
Deodoro estava cansado e doente e, depois de marchar com a tropa e conseguir seu objetivo, retornara para descansar em casa.
Os revolucionários republicanos, sabedores do risco de acordo entre o imperador e o marechal, foram até a casa de Deodoro para convencê-lo de proclamar imediatamente a República.
E inventaram uma história que deixaria o marechal completamente descontrolado: o imperador havia escolhido para ser o novo ministro-chefe sGaspar Silveira Martins, antigo desafeto de Deodoro – os dois tinham disputado o amor da mesma mulher na juventude – Adelaide – e viraram rivais para o resto da vida.
Completamente indignado, o marechal Deodoro da Fonseca foi convencido – pela mentira – que era hora de derrubar o império e proclamar a República.
Por meio de um golpe , sem apoio popular, e alimentada por muitas mentiras – assim a República nasceu.
No vídeo abaixo, produzido pelo Brasil Paralelo, você sabe mais um pouco sobre esta história.