Benin é o lar do enigmático templo vodu do camaleão gigante

Uma jornada incrível ao coração da cultura e religião vodu em uma vila remota de Benin.

Em uma tarde quente e abafada no sul de Benin, típica do mês de fevereiro, uma motocicleta deixa a estrada principal e segue por uma trilha de terra vermelha.

Após dez minutos, uma pequena vila rural surge no horizonte. Muitos moradores parecem encantados com a chegada de visitantes; crianças sorridentes se aglomeram ao redor e uma senhora idosa agradece: “obrigado por escolherem visitar meu país e aprender sobre minha religião”.

Embora essa calorosa recepção já valha a viagem empoeirada, os visitantes desta localidade remota vieram para conhecer algo específico.

No centro da vila, encontra-se um camaleão gigante. Até aí, nada de tão empolgante, já que camaleões não são uma visão completamente incomum na África Ocidental. Mas este lagarto é um pouco diferente. Erguendo-se a mais de 10 metros do chão, com olhos saltados e uma boca cavernosa, o camaleão é feito inteiramente de pedra.

Foto: Divulgação / Benso Ngoring

No interior do enorme estômago do réptil está o que os turistas percorreram todo esse caminho para visitar: um dos templos vodu de Benin.

O guia explica que, infelizmente, o templo só abre aos domingos. Em vez de entrar, é possível escalar ao lado das imensas pernas de pedra do camaleão para espiar pela janela. Lá dentro, um espaço semelhante a uma catedral, empoeirado e sem decoração, com bancos alinhados esperando a próxima missa.

Contornando o exterior do camaleão, subindo uma escada em espiral e passando pelas costas do lagarto, entra-se no edifício por uma porta sombria. No interior, o chão é de poeira e pedras, e um longo corredor se estende com várias salas vazias. Ao final do corredor, o espaço se abre logo atrás da cabeça do camaleão.

Nas paredes curvas foram cortadas janelas, por onde a luz adentra. O guia explica que essas salas são usadas para cerimônias vodu.

E quando a construção e decoração serão concluídas? O guia informa que tudo depende de recursos. Se os visitantes quiserem, podem doar dinheiro aos líderes da vila para ajudá-los a concluir o projeto.

O templo é acessível a partir da cidade vizinha de Abomey. É recomendável contratar um guia para explicar a história da estrutura, seus arredores e a religião vodu.

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