Candida auris, um fungo potencialmente letal, cresce rapidamente e coloca em risco pacientes com sistemas imunológicos debilitados.
Candida auris, um fungo resistente a medicamentos que pode ser letal, tá crescendo mais rápido do que o esperado pelos Estados Unidos, deixando as autoridades de saúde com a pulga atrás da orelha.
Pra vocês terem uma ideia, desde 2016, quando o fungo apareceu por lá, já rolaram casos em mais da metade dos estados.
E a situação só piora: os pesquisadores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) mostram que as infecções por C. auris aumentaram mais de 200% entre 2019 e 2021 – saltando de 476 casos anuais para 1.471.
A galera infectada geralmente já tá lutando contra outras doenças graves, então fica difícil estimar quantas pessoas morreram por causa do Candida auris. Mas os cientistas acreditam que a taxa de mortalidade da infecção fúngica varia entre 30% e 60%.
O estudo do CDC analisou dados locais e estaduais americanos de 2016 até o final de 2021, levando em conta não só os pacientes que ficaram doentes, mas também aqueles que transmitiram o fungo de alguma forma. Nesse período, foram documentadas 3.270 infecções totais por C. auris e 7.413 casos em que o fungo estava presente em alguém, mas não causou doença.
E a situação não melhora em 2022: o CDC diz que os casos continuam a aumentar, com cerca de 2.377 infecções por C. auris no ano passado.
Se você é saudável, pode ficar tranquilo. Nossos sistemas imunológicos saudáveis neutralizam milhares de esporos e fungos que inalamos diariamente.
Mas a história é outra pra quem tem defesas comprometidas ou usa dispositivos médicos invasivos, como tubos de respiração ou alimentação. O C. auris sobrevive por um tempão nas superfícies, e produtos de limpeza comuns podem não dar conta do recado.
Eliminar esse fungo é complicado, e profissionais da saúde podem espalhá-lo acidentalmente por meio de suas roupas, luvas e equipamentos de proteção individual.
Pra piorar, o C. auris pode ser confundido com outras espécies de Candida e tá ficando cada vez mais resistente aos medicamentos antifúngicos.
Os pesquisadores acham que o aquecimento global pode ter uma parcela de culpa na proliferação do fungo.
A temperatura do corpo humano, entre 36°C e 37°C, é quente demais para que fungos como C. auris sobrevivam. Mas, com as mudanças climáticas, o C. auris se adaptou às temperaturas mais altas e passou a prosperar entre nós, humanos.