A posição pode parecer confortável, mas os impactos no longo prazo podem causar danos severos ao organismo.
Cruzar as pernas ao sentar é um hábito comum, muitas vezes considerado confortável. Entretanto, estudos mostram que os efeitos dessa postura no longo prazo podem resultar em problemas de saúde, inclusive irreversíveis.
A preferência por cruzar as pernas pode ter raízes psicológicas, como comportamento aprendido e transformado em hábito.
A posição pode sinalizar poder, relaxamento ou até defesa, revelando uma linguagem corporal que indica afastamento emocional em conversas.
Contudo, o que poucos percebem é que a tensão pode ser transferida da região lombar para outras partes do corpo.
Pesquisas recentes apontam que cruzar as pernas pode aumentar o desalinhamento dos quadris e alterar a velocidade do fluxo sanguíneo, elevando o risco de coágulos e picos na pressão arterial.
Essa posição pode desequilibrar a distribuição do peso na pelve, gerando pressão desnecessária nos músculos do quadril, inflamações articulares, dor ciática, instabilidades na coluna e alterações na curvatura natural até o pescoço.
Nos homens, sentar de pernas cruzadas pode elevar a temperatura dos testículos, reduzindo a contagem de espermatozoides.
Já as gestantes podem sofrer com inchaço no tornozelo ou cãibras nas pernas se a posição for mantida por muito tempo, apesar de relativa segurança na posição.
Por outro lado, cruzar as pernas por curtos períodos pode ser benéfico em casos específicos. Um estudo de 2016 mostrou que pessoas com uma perna mais curta que a outra podem ajustar a altura dos dois lados da pélvis, melhorando o alinhamento.
Além disso, a posição parece reduzir a atividade de alguns músculos, ajudando no excesso de esforço em condições de fadiga.
Uma alternativa para quem prefere sentar de pernas cruzadas é investir em posições voltadas para o equilíbrio do corpo, como a postura do lótus, presente no ioga e na meditação. Essa posição tem efeito relaxante e não causa os mesmos impactos que cruzar as pernas em cadeiras ou locais mais altos.
Ainda assim, o ideal é evitar longos períodos nessa posição e adotar estilos de vida menos sedentários.