Justiça da Alemanha mantém prisão de brasileiras após malas trocadas com drogas

As autoridades alemãs disseram que há fortes indícios de que as brasileiras são inocentes, mas querem mais provas.

As goianas que foram presas na Alemanha após terem suas malas trocadas com bagagens contendo drogas tiveram a prisão mantida pela Justiça de Frankfurt após audiência realizada na manhã desta quarta-feira (5), onde completam um mês detidas numa penitenciária feminina da cidade.

A Polícia Federal do Brasil investigou o caso e achou indícios de que as brasileiras não estavam levando cocaína para a Alemanha.

Com o andamento da apuração, a polícia descobriu que funcionários terceirizados do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, trocavam etiquetas de malas para enviar drogas para o exterior. Na terça-feira (4), a polícia prendeu seis investigados.

A Polícia Federal de Goiás afirmou que há imagens das câmeras de seguranças dos aeroportos que mostram as malas embarcadas em Goiânia e as que foram embarcadas em Guarulhos.

As goianas presas são uma veterinária e uma personal trainer, que foram abordadas pela polícia alemã na troca de avião. Elas faziam escala em Frankfurt com destino a Berlim, e nem chegaram a ver as malas apreendidas pelos policiais e as bagagens delas não foram encontradas até hoje.

O delegado da Polícia Federal, Rodrigo Teixeira, disse que não há o perfil de mulas para essas passageiras, através da compra da passagem com bastante antecedência, seguro viagem e toda uma programação para a viagem ao exterior.

Segundo o gabinete de Assuntos Internacionais de Goiás, que acompanha o caso, um juiz alemão pediu que as provas obtidas pela Polícia Federal durante a investigação sejam enviadas pelo Ministério da Justiça e pelo Itamaraty.

As autoridades alemãs disseram que há fortes indícios de que as brasileiras são inocentes, mas querem ter acesso a todos os vídeos obtidos pela Polícia Federal e ao inquérito completo, com a prisão dos suspeitos, antes de soltá-las.

O caso das goianas presas na Alemanha levanta questões sobre a segurança dos aeroportos e a responsabilidade dos funcionários terceirizados envolvidos no esquema de envio de drogas para o exterior.

A investigação será enviada para a polícia de Frankfurt e novas informações devem surgir nos próximos dias.

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