Um passeio inesquecível pelo universo dos brinquedos e história em um palácio gótico mediterrâneo.
Em pleno coração histórico de Valência, um tesouro aguarda para ser descoberto. O maior acervo de soldadinhos do mundo, acompanhado de dinossauros, personagens de desenhos animados e até os Beatles em diversas versões, pode passar despercebido por muitos, mas vale a pena ser visitado.
Seja você um entusiasta de guerras e batalhas ao longo da história, um apaixonado por modelismo e pintura de miniaturas, ou simplesmente em busca de uma atração única, este museu é o destino certo.
Sediado em um palácio gótico mediterrâneo bem preservado, o edifício e seus cômodos são tão deslumbrantes quanto a própria coleção, que conta com mais de 95 mil peças expostas, algumas em dioramas extremamente detalhados.
Em vitrines repletas de miniaturas de guerreiros (e guerreiras) com apenas alguns centímetros de altura, a história da humanidade se desenrola desde a pré-história – com combates entre homens e dinossauros – até a Segunda Guerra Mundial, apesar de a Guerra Civil Espanhola não ser abordada.
A primeira maquete retrata cavaleiros medievais em justas a cavalo diante de arquibancadas. Logo abaixo, em uma prateleira inferior, encontra-se uma eclética coleção de astros do rock do século XX, dos Small Faces a Prince, embora a representação de Peter Gabriel tenha sido comprometida por ele ter caído enquanto tocava piano.
Outros cômodos do museu trazem cenas cotidianas da Índia e China, enquanto gregos e romanos antigos protagonizam várias vitrines.
O acervo também conta com uma dose de nudez, como em uma cena que exibe mulheres nuas interagindo com seres metade homem, metade cervo.
Em contrapartida, personagens mais leves, como Asterix e seus amigos gauleses, e cowboys ocupam espaços inteiros dedicados a eles.
Talvez o mais grandioso diorama seja o da Batalha de Almansa, com mais de 9 mil figuras. Embora este confronto, ocorrido em 1707 na Espanha, possa ser desconhecido para muitos, exceto para os espanhóis e entusiastas da história do século XVIII, sua representação é, sem dúvida, épica.
Valência tem outras atrações de peso, mas se você busca uma alternativa à iconografia religiosa e à arquitetura do século XXI, essa visita será inesquecível.