Os cientistas enfatizam que o aumento no risco de câncer é muito pequeno e que as mulheres devem colocar essa descoberta na balança.
Pesquisadores da Universidade de Oxford realizaram um estudo com quase 30 mil mulheres e concluíram que todos os tipos de contraceptivos hormonais, incluindo as minipílulas de progesterona, podem aumentar levemente o risco de câncer de mama.
Embora estudos anteriores já tivessem apontado a relação entre pílulas combinadas de estrogênio e progestina e o risco desse tipo de câncer, os dados existentes sobre o efeito dos contraceptivos hormonais apenas com progesterona eram limitados.
O estudo, que se baseia em dados de 28 mil mulheres entre 20 e 49 anos, revelou que as minipílulas de progesterona apresentam um risco relativo de 20% a 30% para as usuárias.
No entanto, em valores absolutos, e para mulheres que tomaram esse tipo de contraceptivo por um período de cinco anos entre 16 e 20 anos de idade, isso representa apenas oito casos de câncer de mama por 100 mil. Esse número aumenta com a idade, chegando a 265 casos por 100 mil entre mulheres de 35 e 39 anos.
Os cientistas enfatizam que o aumento no risco de câncer é muito pequeno e que as mulheres devem colocar essa descoberta na balança em relação aos benefícios dos contraceptivos hormonais, que incluem a proteção contra outras formas de câncer feminino, como o câncer de ovário.
É importante lembrar que o estudo não aponta que tomar um anticoncepcional vai causar câncer de mama, mas sim que investigou possíveis vínculos entre as pílulas e a doença.
A progestina é a versão sintética do hormônio natural progesterona, e os anticoncepcionais baseados nesse hormônio previnem a gravidez ao engrossar o muco no colo do útero e impedir que o esperma atinja um óvulo.
Assim como os contraceptivos hormonais combinados, os anticoncepcionais só de progestina são projetados para prevenir uma gravidez indesejada, mas ainda assim devem ser usados em conjunto com preservativos, pois não protegem as mulheres de infecções sexualmente transmissíveis.
Cada mulher é única e deve tomar decisões sobre seu anticoncepcional com base em seu perfil, histórico médico e necessidades pessoais.
Em vez de simplesmente parar de tomar as pílulas, é importante consultar um médico para avaliar o risco adicional junto com os outros benefícios do uso de anticoncepcionais, como o controle de natalidade e a regulação hormonal.
Para quem quer diminuir o risco de câncer, não fumar, ter uma dieta saudável e equilibrada, beber menos álcool e manter um peso saudável são as medidas mais acertadas.