Estudos científicos estimam a expectativa de vida dos humanos antigos em menos de 30 anos.
Embora evolução não seja sinônimo de avanço, a expectativa de vida da humanidade tem aumentado há milhares de anos, com longos períodos de estabilidade.
Atualmente, estima-se que os humanos antigos viviam menos de 30 anos.
Medir a expectativa de vida dos humanos antigos é uma tarefa complexa e depende de fósseis e vestígios encontrados. Por exemplo, um recente estudo analisou o desgaste dentário em espécimes de Homo sapiens e Homo neanderthalensis, um método ainda utilizado nos Institutos Médicos Legais (IML) e na paleontologia.
É importante distinguir tempo de vida e expectativa de vida. O primeiro se refere aos indivíduos, enquanto o segundo é estimado com base em análises de grupos.
Por exemplo, a pessoa que viveu mais tempo foi a francesa Jeanne Louise Clement, com cerca de 122 anos, mas isso não significa que a expectativa de vida global seja de 122 anos. Em 2022, a expectativa média de vida do brasileiro era de 77 anos.
Um estudo publicado na revista Journal of Molecular Evolution indica que a expectativa de vida começou a aumentar para além dos 30 anos há aproximadamente 30 mil anos.
Outro estudo, na revista American Journal of Physical Anthropology, destaca que o aumento da longevidade foi uma característica marcante dos europeus do Paleolítico Superior em relação às populações anteriores.
Diversas causas podem explicar a baixa expectativa de vida dos humanos antigos, como falta de higiene, inexistência de saneamento básico, disseminação de doenças infecciosas e questões alimentares.
Além disso, a mortalidade infantil desempenhava um papel importante na redução da expectativa de vida. Na Idade Média, a mortalidade infantil chegava a 30%, mas aqueles que sobreviviam à primeira infância tinham altas chances de viver mais de 35 anos.